- 9 de março de 2022
A endometriose é uma condição ginecológica crônica comum definida como o aparecimento e crescimento do endométrio fora do útero, podendo provocar dores abdominais, infertilidade e muitos outros sintomas.
Pode-se manifestar de três formas: doença superficial (peritoneal), doença ovariana (endometriomas) e endometriose infiltrativa profunda, que é a forma mais complexa e cirurgicamente desafiadora.
Quando se tem suspeita dessa doença o exame mais solicitado para a avaliação da condição da mulher é a ressonância magnética.
Esse exame pode identificar a endometriose ovariana e a endometriose profunda, além de possibilitar uma avaliação completa de toda a estrutura da pelve, contribuindo para uma maior precisão no diagnóstico e um tratamento adequado.
Ressonância magnética e endometriose ovariana
A endometriose ovariana se manifesta na forma de cistos com conteúdo de sangue, ocasionado pelos focos de endometriose no ovário, sendo chamados de endometriomas.
O exame de ressonância magnética consegue avaliar as lesões ovarianas com altas taxas de sensibilidade e especificidade.
Ressonância magnética e endometriose profunda
A endometriose profunda pode ser diagnosticada pela ressonância magnética, especialmente as lesões de médio e grande dimensões.
Os locais mais frequentemente acometidos pela doença são em ordem decrescente a região atrás do colo uterino (região retrocervical), incluindo os ligamentos útero-sacros, intestino, vagina e bexiga.
A vantagem da ressonância magnética é na avaliação de pequenos endometriomas, especialmente quando muito distantes do transdutor transvaginal, em mulheres com útero de grandes dimensões e na avaliação da endometriose no diafragma.